




RAÍZES ANCESTRAIS
O projeto Kunhã Karai – Narrativas da Terra nasceu quando estava no Acre, no início de 2018. Nas andanças e pesquisas que estava fazendo com povos indígenas na época em estágio pelo Cimi- Amazônia Ocidental e, também nos encontros de autoconhecimento, reuni a coragem com a oportunidade para expressar essa obra que já estava com sua semente originária viva no meu caminhar, na forma de um projeto audiovisual.
Logo que concluí a escritura do argumento, soube de um edital que estava aberto (#audiovisualgerafuturo) do ex-Minc, que "por acaso" estava fazendo uma caravana de divulgação em Rio Branco, e convidei o Beto Rodrigues, produtor de cinema, para construirmos a realização deste sonho. O Beto topou e trabalhamos à distância arduamente para organizar o projeto, que foi contemplado em 4ª lugar, sendo o único da região Sul.
Ao falar em sonhos, é importante dizer que estes são guias do meu processo criativo. Logo que conclui o mestrado em Antropologia, junto com o envolvimento profundo que, entre 2016 e 2017, estava tendo com os Mbya Guarani do Rio Grande do Sul, na conclusão também de meu primeiro curta-metragem documental, comecei a pensar em realizar um novo trabalho como realizadora audiovisual, que seria um longa-metragem a partir da relação com as mulheres indígenas, a partir de sonhos que me eram relatados. Desde essa primeira inspiração, soprada pela luta e pela intuição, fui reunindo as pistas no caminho, para então submetermos essa iniciativa que, desde sua aprovação, levou dois anos para começar. Mudanças de governo, burocracias, retrocesso no campo dos direitos indígenas mais a pandemia do Covid-19, quase fizeram com que adiássemos indefinidamente esse trabalho. Mas uma vontade maior sempre predomina, faz acreditar e busca meios e caminhos para chegar onde deseja nos levar. Esse documentário tem propósito, não é apenas um filme, mas um filme essência, fruto de persistência, uma verdadeira jornada, que expressa o que nos é revelado do feminino indígena profundo que habita a alma brasileira. Uma verdadeira potência que vem à tona e nos faz querer seguir em frente, pela união de todas as nossas diferenças, a fim de aprender e somar esforços à defesa dos territórios indígenas e da própria Natureza, como fonte da vida de todos nós. Em honra a todas nossas ancestrais.
Argumento e direção: Paola Mallmann
Produção: Beto Rodrigues
Direção de Produão: Flávia Seligman
Direção de Fotografia: Pedro Clezar
Som: Guilherme Cássio
Montagem: Vanessa Leal dos Santos
com as mulheres: Shirley Krenak, Iracema Nascimento, Kerexu Takuá, Raquel Kubeo, Celita Xavier, Jera Guarani, Rosa Peixoto, Ermelinda Yepário, Francisca Arara, Edina Shanenawa, Nedina Yawananwa e Eryia Yawanawa.
EQUIPE
DIÁRIO DE BORDO


SINOPSE
SINOPSE: Este documentário é uma aproximação com a história de vida de mulheres indígenas brasileiras, em que processos de cura permeiam suas trajetórias em tornar-se lideranças.Entre sonhos, elementos da cosmovisão ameríndia e memórias afetivas, poesia e oralidade, reconhecemos a autenticidade de suas relações com o território e o poder de regeneração da memória brasileira. O protagonismo feminino indígena, na atuação coletiva em defesa dos direitos originários e da Terra, são elementos que apontam caminhos na busca de reconexão com a identidade brasileira e iluminam aspectos da alma feminina desde o coração da Terra. São narrativas que trazem outras perspectivas e valores, fundamentais para a renovação dos modos de ser humano.

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